quarta-feira, 28 de novembro de 2012
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Operação Condor
Após vencer as eleições presidenciais
nos EUA em 1976, JIMMY CARTER, diz que seu governo não mais dará apóio e nem
sustentabilidade as ditaduras latinas americanas.
Diante deste novo cenário a extrema
direita latina decide colocar em pratica a face mais cruel da Operação Condor,
assassinar os possíveis lideres latinos que poderia assumir o poder de países do
Cone Sul, Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai, mas se
estendeu pela maioria dos países da América, inclusive EUA, e também outros países
do mundo.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Maranhão tem 161 escolas com nome dos Sarney
No ano em que foi declarado patrono da educação
brasileira, Paulo Freire (1921-1997) ficou menor no Maranhão. Por decisão da
Secretaria estadual de Educação, o nome do educador será apagado da fachada do
prédio anexo de uma escola pública de Turu, bairro de São Luís. Em seu lugar,
será pintado o novo nome da escola: Centro de Ensino Roseana Sarney Murad. Os
uniformes dos alunos já foram mudados.
No Maranhão, o sobrenome Sarney já está em 161 escolas,
mas a mudança em Turu não deve ser interpretada apenas como mais um sinal do
culto à família de Roseana. Para a direção da escola, o importante é ter a
certeza de que o nome da governadora pintado na fachada atrairá mais recursos e
outros paparicos da administração central de um estado onde 61% das pessoas,
com 10 anos de idade ou mais, não chegaram a completar a educação básica (de
acordo com dados do Censo 2010). Isso é sarneísmo, movimento político liderado
pelo senador José Sarney (PMDB), que comanda o Maranhão há quase cinco décadas.
- Sarney nem mora aqui. Seu controle só é ativado em
momentos muito específicos - disse o professor Wagner Cabral, do Departamento
de História da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Sarneísmo, uma história de 47 anos
Reportagem publicada ontem no GLOBO revelou a existência
de uma rede de falsas agências de turismo que fornece mão de obra barata,
arregimentada no interior do Maranhão, para a lavoura de cana-de-açúcar e para
a construção civil do Sudeste e do Centro-Oeste. Para os especialistas ouvidos
pelo jornal, o fenômeno é resultado de uma perversa combinação de fatores, da
má distribuição da terra à tragédia educacional no estado, todos fortemente associados
ao sarneísmo.
Desde 1965, quando José Sarney (PMDB) assumiu o governo
maranhense, o grupo do atual presidente do Senado venceu dez eleições para
governador, chefiou o Executivo local por 41 anos e só perdeu o controle
político do estado em duas ocasiões: quando o aliado e então governador José
Reinaldo Tavares rompeu com o sarneísmo, em 2004, e dois anos depois, quando
Jackson Lago (PDT) derrotou sua filha e herdeira política, Roseana, que
concorria ao terceiro mandato de governadora. Mesmo assim, por pouco tempo: em
2009, Lago teve o mandato cassado por compra de votos.
O sarneísmo é um movimento diferente de outras correntes
políticas, como o getulismo ou o brizolismo. Não se sustenta na adoração da
figura do líder e nem tem uma base popular. Em lugares como Codó, Timbiras e
Coroatá, cidades a 300 quilômetros de São Luís, que formam uma espécie de
enclave do trabalhador barato no interior do estado, só se vê o nome Sarney em
prédios públicos. Todavia, a cada abertura das urnas eleitorais, a família
reafirma um poder que nem a estagnação econômica foi capaz de ameaçar.
- De um lado, Sarney é homem de ligação com o governo
federal. Tem poder em Brasília por ser uma peça fundamental no jogo da
governabilidade. De outro, mantém as prefeituras de pires na mão - sustenta
Wagner Cabral.
- Ele fala por uma questão ideológica e política. Sarney
proporcionou um salto de progresso no estado. Os fatos históricos são
diferentes - rebate o jornalista Fernando César Mesquita, porta-voz de Sarney.
No Maranhão, a força do sarneísmo está na pequena
política. Quando descobriu que a escola Paulo Freire, onde trabalha, seria
rebatizada com o nome da governadora, a professora Marivânia Melo Moura começou
a passar um abaixo-assinado para resistir à mudança. A retaliação não demorou:
- A direção ameaçou transferir-me - disse a professora,
que mora no mesmo bairro da escola e vai de bicicleta ao trabalho.
A Secretaria de estado da Educação alega que o anexo da
escola Paulo Freire mudou de nome porque foi incorporado à estrutura, já
existente, do Centro de Ensino Roseana Sarney Murad, "devido à necessidade
de uma estrutura organizacional, com regimento, gestão e caixa escolar
próprios, no referido anexo".
O Maranhão, onde quase 40% da população é rural, é uma
espécie de campeão das estatísticas negativas. Enquanto o Brasil tem 28% de
trabalhadores sem carteira assinada, o percentual no estado supera os 50%. Na
relação dos 15 municípios brasileiros com as menores rendas, listados pelo
IBGE, nada menos do que dez cidades são maranhenses. O chefe do escritório
regional do Instituto, Marcelo Melo, acrescenta ainda que apenas 6% dos
maranhenses estudam em cursos de graduação, mestrado e doutorado. Separados, os
números já assustam. Se combinados, o efeito é devastador.
- O resultado desses índices de qualificação é uma mão de
obra de baixa qualidade.
O professor Marcelo Sampaio Carneiro, do Centro de
Ciências Sociais da UFMA, explicou que a estrutura do mercado de trabalho no
Maranhão possui duas características principais. A primeira é a elevada
participação do trabalho agrícola no conjunto das ocupações, com destaque para
os postos de trabalho gerados pela agricultura familiar. Por conta de diversos
fatores, ele disse que tem havido uma forte destruição de postos de trabalho
nesse setor. De acordo com o Censo Agropecuário, em 1996 existiam 1.331.864
pessoas ocupadas no campo maranhense; em 2006 esse número baixou para 994.144
pessoas. Isso explica, por exemplo, o arco de palafitas miseráveis que cerca o
centro histórico de São Luís.
A segunda é a inexistência de ramos industriais dinâmicos
que consigam absorver essa oferta de mão de obra, já que a principal atividade
industrial no Maranhão é o beneficiamento primário de produtos minerais, como a
fabricação de alumínio e alumina pela Alumar e a produção de ferro-gusa por
pequenas unidades fabris instaladas ao longo da Estrada de Ferro Carajás. Por
esse motivo, o estado, que nos anos 50, 60 e 70 do século passado recebia
migrantes, passou, a partir dos anos 1980, a exportar mão de obra. E nem mesmo
a sistemática transferência de recursos, via programas sociais, foi suficiente
para deter esse esvaziamento:
- A transferência de
renda pode até livrar as famílias da fome, mas não é capaz de dinamizar a
economia da região - disse Carneiro.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
domingo, 15 de janeiro de 2012
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