terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nota de Repúdio aos Últimos Desmandos da Faculdade Upis

Diante das mudanças arbitrárias, tomadas na calada da noite, por parte da faculdade, mais estranhamente pelo chefe de Departamento de Geografia, o Movimento Geografia Crítica, por meio desta carta aberta vem denunciar os abusos cometidos contra a Educação na Faculdade Upis e manifestar seu repúdio aos atos tomados de forma unilateral em desconformidade ao acordo firmado com os alunos.
Não foi a primeira vez que essa faculdade onerou seus alunos. Sua contribuição para o sucateamento da educação e do curso de geografia é histórica. Ao longo dos anos a Upis vem demonstrando total descaso com o curso de Geografia, através da falta de investimento em sua infraestrutura, da defasagem das disciplinas e conteúdos, da falta de rigor na contratação de docentes, da ausência de um projeto pedagógico que contribua com a preparação e qualificação de futuros professores, etc.
Os estudantes mobilizados vem a público denunciar mudanças na grade curricular do curso, troca de professores, junção de disciplinas, redução de carga horária, com um único objetivo de reduzir os gastos por parte da faculdade. Tais mudanças analisadas mais profundamente comprometem a qualidade do ensino e consequentemente a qualidade dos futuros professores formados pela instituição, demonstrando total desinteresse pela Upis no desenvolvimento do país.
Tal postura cria um espaço de debate improdutivo e antidemocrático, desmascarando a proposta feita aos alunos em reunião com a diretoria desta instituição em junho passado, que usando de oportunismo político para evitar o alastramento da manifestação por todo o campus, acenou positivamente a pauta de reivindicações apresentada.   
A nova grade justapôs: Estrutura e Funcionamento da Educação Básica a Didática Geral, que antes tinham cada uma, carga horária de 75 h, passando a ter apenas 120 h, ou seja, foi reduzida em 30 h, sendo que apenas 60 h serão em sala com o professor, o restante é a distância; Países do Sul e Países do Norte, ambas com carga horária de 45 h cada passou a ser Regionalização do Espaço Mundial com apenas 45 h; Foi criada uma nova disciplina, Ensino da Geografia(90 h), que ainda não sabemos à que veio, visto que Teoria e Método do Ensino de Geografia continua no currículo; Informática saiu e entrou Atividades Complementares, com 75 h práticas, as quais são de responsabilidade única e exclusiva dos alunos, ou seja, para ser contemplada faz-se necessário participação em seminários e afins; Geografia Física do Brasil teve um aumento de carga horária de 45 para 75 h, tendo sido mantido no cargo a professora, que passa a ser responsável pela orientação do TCC”s da área de Geografia Física, em dissonância com os acontecimentos passados, entre a professora e vários alunos.
A questão aqui não é matemática, não estamos preocupados com a carga horária das disciplinas, e sim com as disciplinas propriamente ditas. A restrição da fala dos docentes e discentes no debate e elaboração de plano que promova a melhoria do curso é a questão, trocar 6 por meia dúzia não resolve  nosso problema, promove apenas um ambiente de total repressão. O que ficou comprovado foi a falta de capacidade de gerir o curso e mudar seu rumo.
Por essa e outras razões o Movimento Geografia Crítica reafirma sua posição contrária ao departamento de geografia e a diretoria desta instituição, que de forma autoritária compromete e inviabiliza o ensino.

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